quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

2018

2018 chegou, trazendo com ele esperança de um ano melhor, em todos os sentidos. Prometi a mim mesma que esse ano eu vou evoluir com meu plano Austrália pois os últimos dois anos tem sido somente troca de figurinhas, pagando boletos e só. Decidi também que preciso passear mais. Ano passado foi basicamente um passeio durante o ano, um lugar diferente visitado. Às vezes eu sinto preguiça de ir, mas é necessário para espairecer a mente. Retornei ao trabalho ontem e senti que até minha fisionomia mudou.
Assim que saí "férias" (em 21/12/2017), estava extremamente cansada e irritada. Cheguei em casa feliz. Mas ontem o retorno foi triste, nem parecia que eu eu tinha tido um intervalo de 15 dias, um dia pleno cozinhando para pessoas queridas, Natal, Ano Novo etc. A tristeza deve-se a tornar para a mesma situação. Pedidos errados (inclusive um erro primário meu, que fico muito abalada com isso). Desleixo do dono da empresa, que simplesmente não estava aqui no horário de entrada (eu penso que, se nem o dono está querendo retornar ao trabalho, imagina o resto). É triste a situação mas acho que nunca irá mudar. Estou na procura de um novo emprego, mas quero que seja numa empresa bacana, que o empregado seja respeitado, não esfolado. Sim, é difícil, mas no ruim eu já estou, então tenho tempo para aguardar uma oportunidade legal.
2017 foi o ano que eu quase desisti de tudo: da minha carreira, de mim mesma. Que eu quase falei foda-se pra todo mundo e voltei pra casa da minha mãe. Pelo que me lembro, foi o ano que mais chorei na minha vida, poucas vezes de felicidade, mas muitas por tristeza. Mas também foi o ano que me encontrei na cozinha. Fiquei muito feliz por ganhar uma bolsa de estudos e por me formar em Básico em Gastronomia.
Tive um dia inesquecível, na verdade dois: dia 13/12/2017, último dia de aula do curso, onde me senti plena, cozinhei um doce simples (na minha prova final, peguei como ingredientes tapioca, abóbora, coco e chocolate) e que ficou sensacional. Recebi muitos elogios e o destaque da apresentação final. Recebi também o feedback da minha professora e foram as seguintes palavras: "Bruna, é paixão! Está dentro de você, vc sabe. Siga isso!". Voltei pra casa chorando de felicidade, soluçando na verdade. Que experiência incrível. E dia 28/12/2017, após quase 3 anos sem receber nenhuma visita em casa, fiz meu primeiro almoço após o término do curso e os convidados não poderiam ser melhores: meus professores da academia. Pessoas que são muito queridas por mim, que desejo o melhor sempre, pessoas de bem. Durante 3 dias (desde o dia 26/12/2017) trabalhei muito, acordei às 7 horas e dormi às 2 horas da madrugada. Mas quando recebi eles, adoraram e elogiaram muito o almoço, o cansaço passou. E assim que eles foram embora, deitei e chorei, me sentindo plena novamente, muito feliz, por ter cozinhado para todos eles, foi um prazer imenso!
No meu recesso, cozinhei diversas vezes, tive encomendas de bolos e doces. E a cada entrega e elogio recebido, me senti plena. Cansada, mais plena. Sim, meu lugar é na cozinha! Mas, infelizmente, o salário para trabalhar fora na cozinha é mais baixo do que o atual. Então, vi que tenho que fazer o que não quero por mais 2 ou 3 anos, até conseguir ter meu próprio negócio e fazer o que gosto o resto da vida (ou até quando eu me sentir bem).
Em 2017, também aprendi isso: vc pode mudar de ideia, vc pode mudar o rumo e o objetivo, não tem nada de errado com isso. O importante é ter um objetivo.
E chega, para primeiro post já tá bom demais, afinal não publico nada desde maio (escrevi algumas coisas mas não quis publicar).
Feliz 2018, que seja um ano com muita saúde e plenitude, afinal, em 2017, eu aprendi o que é esse sentimento e é muito bom. Desejo que todo mundo possa sentir isso uma vez.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Tem dias...

Tem dias que a vontade é ficar deitada o dia inteiro assistindo séries. Tem dias que a resposta vem até a ponta da língua e a vontade de libertá-la é muito grande. Tem dias que dá vontade de soltar tudo o que está preso aqui dentro, tudo o que não foi dito, que as vezes deveria ser dito. Tem dias que a razão fala acima do coração. Tem dias que dá vontade de sair correndo, abandonando tudo. Tem dias que o desaforo ou a palavra cruzada doem. Tem dias que todas as verdades querem sair, mas os danos que elas podem causar podem ser devastadores então a gente se segura do jeito que dá. Tem dias que odeio meu trabalho. Tem dias que eu odeio onde eu moro. Tem dias que tenho muita saudade da Abril e saudade do meu antigo chefe, o qual me desafiava e me ensinava algo todos os dias. Tem dias que tenho saudades da faculdade. Tem dias que sinto falta de ter colegas de trabalho, já que hoje não divido escritório com mais ninguém. Tem dias que sinto falta de planejar uma viagem. Tem dias que sinto muita falta das férias em Toronto. Tem dias também que acordo morrendo de amores. Tem dias que só quero falar o que o mundo precisa ouvir: positividades. Tem dias que quero todos que amo bem pertinho de mim. Tem dias que quero voltar a estudar. Tem dias que quero mudar o mundo. Tem dias que quero correr no parque e desfrutar toda a vista bonita que a natureza pode me dar. Tem dias que quero sentir o sol. Tem dias que quero apenas sentir o cobertor. Tem dias ensolarados, mas tem dias muitos cinzentos, com chuva. Hoje definitivamente é um dia cinzento.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

No mundo da procrastinação e enrolação, quem é efetivo vira rei!

Como já falei, o lugar para meu desabafo está sendo esse blog. Já falei sobre o meu emprego algumas vezes aqui mas nunca detalhei: trabalho uma pequena indústria, com 5 funcionários sendo que 2 dois dele são o dono e o filho do dono. Sou responsável por qualquer trabalho administrativo que seja necessário: atendimento telefônico, leitura e resposta de e-mails, cotações, emissão de notas fiscais e boletos, "controle de caixa", embalagem e envio dos pedidos, etc.
Como já citado no título dessa postagem, aqui é o reino da procrastinação e da enrolação, iniciando-se pelo dono da empresa. Todos os assuntos que são iniciados, simplesmente são largados para trás (literalmente ele sai da sala e não fala nada) ou as respostas são vagas como: te respondo mais tarde, vou ver. E é óbvio que caso eu não pergunte novamente, nada é respondido.
E venho reparado que em todas as áreas está acontecendo isso: um cliente não responde aos contatos (depois que envio orçamento pergunto se ficou alguma dúvida, se fechou com outro fornecedor) mas não tenho resposta nunca. O que custa responder já fechei esse pedido?
Só vejo a procrastinação crescer, em todos os âmbitos.
Até em prestadores de serviços, onde terceirizamos alguns pedidos, tenho que implorar por uma resposta.
Sempre fui muito ativa, querendo desenrolar todos os pepinos rapidamente, mas me vejo como uma extraterrestre, ninguém quer resolver nada.
Então me sinto muito frustada em trabalhar em uma empresa que não tem esse padrão de imediatismo e também por ver que esse hábito cresce a cada dia.
Em casa também cobro esse imediatismo do meu marido, nem sempre sou atendida mas é muito mais fácil lidar com isso.
Também já falei anteriormente que começamos a vender doces e salgados na porta de uma faculdade. Ficamos extremamente felizes com o resultado. Mas hoje confesso que as vendas estão abaixo da minha expectativa. Gostaria de crescer mais um pouco para poder me manter e não precisar trabalhar fora, mas isso está um pouquinho longe de acontecer. O que me entristece, já que, trabalhando pra mim, a enrolação do mundo pode ser adiada.
Enfim, não procrastine! Faça hoje! Resolva hoje! Viva hoje porque amanhã pode ser tarde demais! ☺

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Indo na agência de intercâmbio

Como já falado, ainda não temos a grana suficiente para fazermos o intercâmbio na Austrália (sempre seremos nós aqui no blog, eu e meu marido), mas após muita insistência do meu marido marquei uma visita a uma agência de intercâmbio. Por enquanto ela é nossa escolhida devido ao fato de amigos nossos terem feito o intercâmbio por ela e também por ela ser bem falada pelos membros do grupo no Facebook, Brasileiros em Perth, onde tem ajudado o pessoal lá com as renovações de vistos e informações em geral.
É inevitável a empolgação em iniciar a programação de uma viagem, mas após a listagem de documentos necessários e dos valores a serem comprovados, deu um desanimozinho (nem sei se escrevi essa palavra direito ou se ela existe)!
Não vou expressar os valores em reais pois é possível que essa informação esteja desatualizada quando você estiver lendo.
Na agência recebi a proposta para 6 meses e 1 ano de intercâmbio, e, como os valores não dobram, achei mais interessante a ida por 1 ano, já que você gasta uma vez para tirar o visto (que já tem um valor salgado, hoje AUD550), tem mais tempo para juntar o dinheiro para renovar o visto, entre outros gastos que serão "economizados".
A agência deu 3 opções de escola, uma top, uma mediana e uma mais acessível (a diferença entre ela e a top não é tão grande assim), um mês em residência estudantil (achamos caro mas como vamos chegar sem conhecer nada nem ninguém, é a opção mais segura) e seguro saúde.
O rapaz que fez nosso atendimento ficou 6 meses na Austrália (não recordo a cidade) e disse que os ganhos trabalhando lá são mais do que suficientes para se manter lá e ainda guardar uma grana.
O problema hoje está em como ir para lá!
E no dia que estou escrevendo nesse blog o desânimo em relação ao emprego está em um nível bem alto: salário atrasado, falta de interesse e responsabilidade por alguns funcionários, pedidos em atraso, etc. Meu companheiro também está bem desanimado, já que está sem trabalho formal há 1 ano e ele tem ido a diversas entrevistas mas todas sem resultado positivo. Isso tem me incomodado bastante porque está interferindo muito no dia a dia dele, tem treinado mal na academia, se alimentado mal e anda bem irritado com diversas situações. Mas, tenho que acreditar que tudo vai melhorar!
Até a próxima!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Resolvi reiniciar esse blog onde me deparo com o mesmo sentimento que tive em 2013/2014, onde queria fazer uma viagem a Toronto porém as condições não estavam favoráveis e no primeiro post (hoje deletado), dividi minhas aflições e, confesso, egoísmo com relação a quantidade de dinheiro que deveria ser investido, por ser eu e meu marido.
Acontece que, no final de 2015, o sonho foi realizado: 15 dias maravilhosos em Toronto, eu e meu marido, a lua de mel que precisávamos sem saber, longe de todas as responsabilidades do cotidiano.
Se quando comecei a planejar a viagem as condições não estavam favoráveis, quando voltamos então.....vixi. Chegamos desempregados ao Brasil e sem expectativa de um trabalho. Mas, consegui trabalho em fevereiro de 2016 e tudo correu dentro de sua "normalidade".
Não sei se nós tivemos esse problema, mas em 15 dias não tivemos medo de ser assaltados na rua, independente do horário, a educação e honestidade das pessoas em Toronto nos mostraram que exista um "mundo perfeito" e que gostaríamos de viver nele sempre.
Então, desde a nossa volta, temos essa inquietação de que não queremos mais viver no Brasil.
E aí começa todo dilema: lembra aquele trabalho que arrumei em Fevereiro? Então, ele não seria o suficiente para iniciar o planejamento de saída do Brasil. Pior que isso, esse trabalho me deixava extremamente infeliz. Enfim, 2016 passou, pedi demissão do trabalho e fui para uma empresa concorrente do trabalho anterior, de onde escrevo esse post. A infelicidade não passou, tanto emocionalmente quanto financeiramente =(
Mas como a esperança é a última que morre, eu e meu marido decidimos iniciar o planejamento, mesmo que sem grana, e darmos atenção a cada detalhe, assim como foi ir ao Canadá.
Como o nome do blog sugere, nosso destino hoje é a Austrália, mais precisamente, por enquanto, a cidade de Perth. O Canadá deixou de ser uma opção a partir do momento que só um College dá visto de trabalho, o que seria essencial para manter nossa estadia no país e ele custa muito caro para um estrangeiro. Após pensarmos em Irlanda e Dubai, caímos na possibilidade da Austrália. Meu marido trabalhou com um rapaz que foi fazer um intercâmbio de 6 meses em Perth e entramos em contato com ele: está com visto até 2020 e disse que não volta mais pro Brasil, a não ser a passeio.
Nada o que está sendo escrito nesse blog é lei, então por favor, antes de fazer qualquer loucura, entre em contato com uma agência de intercâmbio e procure informações oficiais nos sites dos países que você deseja ir.
Mas a Austrália te dá visto de trabalho de 20 horas semanais caso você esteja matriculado em um curso de inglês com mais de 14 semanas e pro seu cônjuge também.
Ou seja, encontramos a possibilidade de ir a outro país com um custo menor e ainda assim com a possibilidade de trabalho.
Acho que para primeiro post está bom. No próximo, conto nossa ida na agência de intercâmbio.
Até mais!